quinta-feira, 25 de novembro de 2010

No meio do confusão

Meus estado, Rio de Janeiro, está vivendo uma grande tensão. Não sei porque, mas agora, sozinha em casa, me deu vontade de chorar. Claro que essa bagunça toda é uma das razões, mas porque tem que vir tudo junto, ao mesmo tempo?
Porque a sociedade e cada pessoa dela possui essa capacidade de ser cruel? Porque a maldade tem tanta audiência?
Em vez de ligar a TV e ver pessoas se matando, queria ver uma reportagem de uma senhora que distribui flores pras pessoas, de uma criança que superou problemas físicos e venceu um campeonato de natação na escola, ver que uma empresa resolveu plantar trezentas mil árvores hoje de manhã.
Queria que essas lágrimas pudessem lavar a alma dessas pessoas que sofrem, e pudessem limpar a mente daqueles que as fazem sofrer.
Eu gostaria de proteger a todos, mas, infelizmente, eu mesma estou tão vulnerável, por dentro e por fora, que não consigo.
Queria tirar tudo isso de dentro de mim. Tudo de ruim está acontecendo ao mesmo tempo, o meu sorriso tem estado cada vez mais cinza.
Que Deus nos proteja nesses dias.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

"De repente,

você vê que aprendeu várias coisas. Mas não foi de repente, foi aos poucos. "De repente" não quer dizer que você aprendeu rápido. Quer dizer que você não percebe que está aprendendo, até que aprende.

Você olha pra suas fotos antigas e não consegue se enxergar. Você lembra de frases ditas e atitudes tomadas e as trata como se fossem de um outro alguém. Você aprende que não há amor que não acabe, doença que não se cure, não há estrada sem fim. O caminho, sim, é sem fim. Basta torcer para estar percorrendo o caminho certo. Basta perceber que o seu caminho é errado e esperar pelo próximo retorno. É uma estrada de duas mãos.

De repente, você se sente cansado de tanto aprender quando, na verdade, você está é cansado de estar rodeando de gente que não aprendeu porra nenhuma. Não te preocupa. Todos aprendem, cada um a seu tempo. O problema é que alguns demoram tanto que acabam morrendo antes da primeira aula.

Talvez você tenha aprendido mais que eu, ou até menos, ou então aprendido coisas diferentes, ou matado todas as tuas aulas mais importantes. Não sei mesmo, mas minha única certeza é que eu não concordo com uma vírgula do que você diz."

- Lucas Silveira.

terça-feira, 9 de novembro de 2010


Nesses tempos de muita informação, meu cérebro sobrecarregado quer um segundo de descanço.
Esse estilo de vida que tomou conta de todos nós me mantém em tal estado de inconsciência que caminho sem saber por onde estou indo.
Toda essa correria não me dá tempo para olhar o jeito que as folhas balançam quando o vento sopra, o jeito diferente de caminhar das pessoas na rua, aquela libélula que insiste em bater no carro verde achando que o reflexo é água.
Não tenho tempo de sorrir para a vizinha que nunca sorri. Não tenho tempo de perceber os problemas dos outros. Não tenho tempo pra ter tempo.
Com esses avanços tecnológicos dizem que o mundo está melhor. Eu, particularmente, prefiro respirar oxigênio do que engolir partículas de CO2.
Arrumemos tempo para rir de nós mesmos. A gente é tão incompreensível!
Só espero que tudo acabe bem.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Melhor antes do que agora.


Quando eu falo que não aguento mais tudo isso, é verdade. Ninguém leva a sério, mas é verdade.
Antes tudo era tão cor-de-rosa, antes tudo era uma boa e velha música de rock 'n roll.
Como sinto falta das manhãs frias que me pareciam tão quentes e aconchegantes, das conversas sobre aquela banda nova que ninguém conhece ou aquela velha que ninguém lembra mais.
Como queria ter de volta aqueles abraços sinceros que me diziam tanto sem realmente dizer nenhuma palavra.
Agora tudo é um dia ensolarado que me sufoca e me deprime tanto e que todos dizem que eu devia adorar. Não tem mais rock 'n roll, tudo é bossa nova. A mesmisse continua.
Agora os abraços não me acalmam e as conversas são sobre as músicas da rádio.
Apesar disso tudo, eu estou aqui. Viva. Andando rumo à direção tão certa e consciente que me deixa amedrontada.
Eu só queria meu arco-íris, aquele que foi levado de mim, devolta.