
Não posso dizer que vivo numa felicidade plena. Estou longe disso.
Mas o que eu quero dizer é sobre momentos felizes. Aqueles momentos felizes.
Quando se está com alguém que você gosta só por estar, sem obrigações social ou moral a se cumprir.
Às vezes a gente se engana.
Os olhos se enganam, o cérebro se engana, o coração se engana. Os pés seguem o caminho errado, os braços abraçam quem não quer ser abraçado.
Eu me engano, sou enganada.
O pior disso é quando você descobre o erro, quando vê seu castelo de sonhos desmoronando e não pode fazer nada. Porque é mais fácil se apegar ao impalpável, quando o que está na sua frente te faz chorar.
Esse momento de volta a realidade machuca. Dói mesmo. Mas, será que a anestesia que a fantasia nos dá também não nos impede de viver?
Agora que o efeito anestésico que viveu em mim por tanto tempo passou, eu vejo melhor o mundo. Percebo em quem eu posso confiar, quem devo ter um “pé atrás”.
Então mundo, eu voltei.
A questão é que tudo tem seu tempo.
Muitas vezes você precisa de um tempo pra digerir uma informação que te abalou muito, até mesmo pra aprender com ela e não cometer os mesmos erros.
Somos todos humanos, carne e osso. Precisamos um dos outros. Vivemos em uma sociedade. Não se vive sozinho.
Então agradeça a todos aqueles que te abraçaram enquanto eventualmente caia uma lágrima. Porque lágrimas são ruins, mas são bem piores sem ter um ombro amigo para ampará-las.